De madrugada

De madrugada, caía uma chuva

que tudo lavava, levava...

[As calçadas das ruas

e as pedrinhas suas

o telhado das casas

e as folhas secas na sacada...]

Mas só não lavava

a dor da minha alma

que no caminho da sua estrada

foi esperança malograda

Nem levava meu coração

pra longe da solidão

que naquelas horas vagas

me atormentava

De madrugada caía um chuva assim

que tudo lavava, levava...

mas só não pingava no seu amor

que foi secando, aos poucos, dentro de mim.

Via Poética
Enviado por Via Poética em 18/01/2016
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