De madrugada
De madrugada, caía uma chuva
que tudo lavava, levava...
[As calçadas das ruas
e as pedrinhas suas
o telhado das casas
e as folhas secas na sacada...]
Mas só não lavava
a dor da minha alma
que no caminho da sua estrada
foi esperança malograda
Nem levava meu coração
pra longe da solidão
que naquelas horas vagas
me atormentava
De madrugada caía um chuva assim
que tudo lavava, levava...
mas só não pingava no seu amor
que foi secando, aos poucos, dentro de mim.