*A SAÚDE AGONIZA*

Antes eu era pura, fruta do pomar
Hoje os agrotóxicos me corroem
Alimento a população em todo lar
A morte lenta meu interior destrói

Sou a força insubstituível da natureza
Incansável, alimento, a terra umedeço
Navegam nas belezas do meu leito
Estou impura, sem saúde, só desprezo

Dou-me de corpo e alma em meu verdor
Recebo todo oxigênio da vida, expiração
Devastam-me sem olhar na minha dor
Como darei saúde ao planeta em questão

Neste leito que meu corpo débil repousa
Num tratamento ínfimo e desigual
Nada posso contra as forças que dominam
Se a providência decidir cura este mal

Nas proteínas há hormônios em excessos
Os legumes transformaram os seus genes
Nos cereais os conservantes ultrapassam
Neste beco sem saída a saúde vai sem leme

Poesia "On-line" do Fórum do RL
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 24/06/2007
Reeditado em 24/06/2007
Código do texto: T538878
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