Minha desilusão
Ela, nem me disse adeus, quando partiu,
Nem olhou para traz,pelo menos,
Um simples falar, talvez, um aceno,
Não ferisse tanto, os meus sentimentos;
Montou em seu cavalo, as pressas,
Levantando poeira sobre estrada,
Encobrindo-se logo, nas descambadas
Entre os matagais da floresta.
Da gaiola da minha alma, bateu asas,
Voou o meu lindo sabiá,
pousar em outras matas, a cantar,
Viver outras paixões, outros ciumes;
Deixou no jardim das lembranças,
Saudade dos gorjeios de outrora,
Sem primavera, voou, foi embora,
Deixando em seus rastos, o seu perfume.
A alma instável, logo, cansa de seus pares,
Mesmo que, a sorte sorria-lhe em seus passos,
Vive sonhando utopia, embaraços,
As novas paixões, sempre prefere;
Seu mundo, é um palco de ilusões,
De falso realce, e arrependimento;
É um tipo de comportamento,
Não muito estranho, entre as mulheres.
Olá sabiá! musa dos meus versos!
Sempre, vejo você passar, voando,
Nas alamedas, feliz, saltitando,
Exibindo a sua linda plumagem!..
Viva sabiá, a sua liberdade...
Não nascesse para um só coração!
Viva as florestas, longe do alçapão,
Cada caráter, tem a sua roupagem.
Thal sabiá...
Autor: Valmy Moura Costa