Minha desilusão

Ela, nem me disse adeus, quando partiu,

Nem olhou para traz,pelo menos,

Um simples falar, talvez, um aceno,

Não ferisse tanto, os meus sentimentos;

Montou em seu cavalo, as pressas,

Levantando poeira sobre estrada,

Encobrindo-se logo, nas descambadas

Entre os matagais da floresta.

Da gaiola da minha alma, bateu asas,

Voou o meu lindo sabiá,

pousar em outras matas, a cantar,

Viver outras paixões, outros ciumes;

Deixou no jardim das lembranças,

Saudade dos gorjeios de outrora,

Sem primavera, voou, foi embora,

Deixando em seus rastos, o seu perfume.

A alma instável, logo, cansa de seus pares,

Mesmo que, a sorte sorria-lhe em seus passos,

Vive sonhando utopia, embaraços,

As novas paixões, sempre prefere;

Seu mundo, é um palco de ilusões,

De falso realce, e arrependimento;

É um tipo de comportamento,

Não muito estranho, entre as mulheres.

Olá sabiá! musa dos meus versos!

Sempre, vejo você passar, voando,

Nas alamedas, feliz, saltitando,

Exibindo a sua linda plumagem!..

Viva sabiá, a sua liberdade...

Não nascesse para um só coração!

Viva as florestas, longe do alçapão,

Cada caráter, tem a sua roupagem.

Thal sabiá...

Autor: Valmy Moura Costa

Valmy
Enviado por Valmy em 30/07/2015
Reeditado em 02/08/2015
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