Desisto de mim
Eu desisto de mim. Desisto de tentar explicar para mim mesma por que as coisas são como são. Desisto, não por maldade ou desdém, mas por saber que uma discussão comigo mesma, me levaria a uma batalha interminável. Eu desisto de mim, pois não tenho mais a mesma paciência de antes, por saber que nenhuma explicação sobre qualquer coisa será suficiente para convencer a minha alma, que há muito tempo já se perdeu e não crê, perdeu-se em arrogância. Desisto por lástima, por saber que de nada vale encontrar-me em vida para perder-me na falência. Não há como ter certezas, confunde-se tudo com sonhos belos de esperança. Desisto, porque sempre fui assim, de desistir, pois pra mim chega de criar tantas coisas, já que tudo tem um fim.