Desespero

Lívido, passo pela madrugada,

meio morto, meio vivo,

adentro o cemitério de um em cada

e vejo uma luz, que crivo...

Essa luz logo me deixa

porque era só um estrebuchar

de moribundo, uma queixa

que só fez manchar...

Nada pode me levar

para fora desse circuito sombrio,

nada me traz ao mar

da salvação, não tenho mais brio...

Por fim, esqueço de clamar

pelo meu próprio destino

e passo a apenas lamentar,

sem noção, sem tino...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 29/06/2015
Reeditado em 29/06/2015
Código do texto: T5294044
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