SOMOS TODOS IGUAIS

SOMOS TODOS IGUAIS

Incendiou-se os céus !

Relâmpagos como artérias ramificadas,

Cortam a abóboda, trovões se seguem,

Como murmúrios de milhares de almas na dor,

Quanto mais ramificações, maiores são os rompantes sonoros,

Decibéis tão altos que as vezes inaudíveis,

Após algum tempo, gotas de água caem,

Seriam lágrimas criadas pela dor ?

Assemelhados somos, a descrição nos é familiar,

Asseveramos tal cíclico desígnio,

Introduzimos catalisadores no processo,

Modificada está à matriz como a conhecíamos,

Ações antrópicas impensadas, na forma de fumaça,

O calor devido ao Albedo aumenta com a ignorância,

O choro por muitas vezes é copioso,

Os raios, relâmpagos, nos lembram missões dos B-17 e B29,

Somos os Nazistas e sua arrogância,

Torçamos para que “O Dia D” não aconteça,

Os céus podem nos retaliar, alvos fáceis nos tornamos,

Saraivas, granizo, tempestades e outras armas que desconhecemos,

Algumas mortais como a Little Boy, essa também antrópica,

Inversão de papéis, a nossa Enola Gay despejará em nós os artefatos,

Inimigos marcados, ou uma Sinfilia ?

Minha alma teme, meus joelhos vacilam,

Nascemos predestinados para mudar os padrões do planeta,

7,5 bilhões de criaturas aquecem-no,

Outros bilhões de litros causadores de efeitos terríveis, estufa,

Anoxia, aridez, acidez, altivez, agnóstico, adimensional, analogias/ações retrógradas

Penso, logo existo, mas não estamos pensando, será que existiremos ?