Expurgo
Expurgo
A minha crônica dor de viver, a inadequação aos fatos
Prostrou-me: deixou-me totalmente exposto aos teus desacatos
Como uma prédica insana, irresoluta, imprecisa
Aos meus terríveis demônios internos dirigida
Ofereci-me em holocausto, num incauto harakiri...
...Na boca da noite escura e deserta
Uma alma caridosa e gelada me alerta
-Insensato. Desperta! Teu gesto é despropositado, inútil
Teu sangue a ser derramado, nessa atitude fútil
Nada acrescenta de útil - pois que já não estás mais aqui.
Terras de São Paulo, uma noite de Lua Crescente, imprecisa, (sem lágrima e sem glórias) de Maio de 2015
João Bosco