Expurgo

Expurgo

A minha crônica dor de viver, a inadequação aos fatos

Prostrou-me: deixou-me totalmente exposto aos teus desacatos

Como uma prédica insana, irresoluta, imprecisa

Aos meus terríveis demônios internos dirigida

Ofereci-me em holocausto, num incauto harakiri...

...Na boca da noite escura e deserta

Uma alma caridosa e gelada me alerta

-Insensato. Desperta! Teu gesto é despropositado, inútil

Teu sangue a ser derramado, nessa atitude fútil

Nada acrescenta de útil - pois que já não estás mais aqui.

Terras de São Paulo, uma noite de Lua Crescente, imprecisa, (sem lágrima e sem glórias) de Maio de 2015

João Bosco

Aprendiz de Poeta
Enviado por Aprendiz de Poeta em 24/05/2015
Reeditado em 14/06/2020
Código do texto: T5253730
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