Doce
É extraordinário como tudo se transforma
Começa lentamente e aos poucos acelera
E a vida vai passando a nossa frente
Numa louca viagem com ponto final
É lamentável perceber as mudanças
Olhos cansados, a mente esquecida
Mesmo sabendo que tudo está ali
Guardado no cérebro em algum lugar
É inexplicável entender esse processo
De remanufaturar a alma dia após dia
Lambendo o sal, imaginando ser doce
Às vezes agradando, às vezes desagradando
É inevitável aceitarmos o que somos
Pessoas d’água, sal e um pouco de açúcar
Guardado, escondido, e somente os próximos
Conseguem desfrutar o doce desse mel