ENCONTRO

Dá-me um aperto de mão

daqueles sem força,

só o toque

sem graça

sem vida,

a mão sem sorriso

a enganação

intérprete amiga

e passa o tempo

passa o copo...

A palavra presa

na boca,

o riso enxuto

nos lábios

que deles rira

a boa vontade

quando da piada

o beijo reproduz

e vão chegando

seus braços abertos,

seu sorriso beijando

o rosto, abraçando

apertando, apartando

de mim deles

o cafuné, a boa vontade

de toda idade,

do passageiro

ao passivo

e tudo doravante

esteja lentamente

pusilânime

ausente,

o peso do momento

eterno

cai nas entranhas

estripa

a mente

o corpo

e o coração.

A alma vive

pra compartilhar

esta desesperança.

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 16/10/2014
Código do texto: T5001308
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