MEU DOCE AMARGO AMOR
MEU DOCE AMARGO AMOR
Tenho medo dos sons que denigrem meus tímpanos,
E da saudade que abate o meu ser,
Medo de pessoas, do mundo... Medo de viver...
Tudo isso depois que você se foi sem ao menos um porque,
Antes que eu estivesse ainda pronto,
Sem ao menos deixar-me saber quem era você.
Você surgiu-me como uma rajada de vento,
Que mesmo sem tocar-me, ergueu-me ao ar,
E sem que os meus pés saíssem do chão,
Tu fizeste o meu corpo rodopiar...
Arrepiar... Suar... E por fim,
Retiras agora o pouco que ainda há de mim,
Ao dizer que me amava,
Arrebata-me apenas a minh'alma,
O que de mim inda restava.
Deliciaste-te do meu melhor,
Bebestes do meu mel,
Para agora lançar-me neste teu mar,
E fazeres-me afogar neste teu amargo fel.
Gomes