Frida

Limitada a ser assim,

Uma obra inacabada,

Uma lâmina afiada,

Que só quer saber do fim.

Um convite do coveiro,

Sangue nos cacos do espelho,

E uma voz que sussurrava,

No ponto alto da escada,

Chorava a doce Frida,

Com os dois punhos serrados.

Na sua boca um gosto amargo,

E nas roupas sangue da ferida.

Pagas com a vida porque amou,

Sem saber que a morte nada é,

Dores de quem já se apaixonou,

Relato de uma simples mulher.

Fábio R Jorge
Enviado por Fábio R Jorge em 15/09/2014
Código do texto: T4962330
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