Frida
Limitada a ser assim,
Uma obra inacabada,
Uma lâmina afiada,
Que só quer saber do fim.
Um convite do coveiro,
Sangue nos cacos do espelho,
E uma voz que sussurrava,
No ponto alto da escada,
Chorava a doce Frida,
Com os dois punhos serrados.
Na sua boca um gosto amargo,
E nas roupas sangue da ferida.
Pagas com a vida porque amou,
Sem saber que a morte nada é,
Dores de quem já se apaixonou,
Relato de uma simples mulher.