A vida não é um jogo?

Qual é a jogada dessa vez?

É assim que me sinto vivendo,

De jogadas...

Sinto como se eu estivesse presa a uma parede,

Ela está se fechando e seus espinhos estão prestes a me arrancar...

Sonhos, forças...

De repente estou em um quarto escuro,

Grito, mas o som só sai para mim...

Ninguém me escuta, me ignoram ou eu disfarço muito bem...

Sou atriz do meu próprio espetáculo,

Sou a protagonista, a vítima, mas também a própria vila...

Sempre fui pra mim a minha difícil interpretação,

Sou minha própria alegria, mas também minha dor...

Simplesmente, o que seria de mim...

Sem minha fria inspiração?

Pouco mesmo eu seria a majestade da minha emoção...

Pouco eu seria dona de minha expressão...

Quando escrevo me sinto alguém,

As jogadas parecem se controlar em minhas palavras...

Então pareço ser dona de algo,

Pareço ter valor...

Sem esses momentos, o aperto toma conta do meu personagem principal,

E ele ainda bate, querendo resistir...

Briga para se soltar em meio à opressão,

Já estou assim: “Que vença o melhor...”.

Estou assistindo de camarote,

E por mais que eu feche meus olhos,

Ele aparece para mim,

Deformado, chagado, atropelado...

E se me perguntam o que tenho sentido,

Estou dormente...

Calejada...

Pronta para ir...

A vida, não é um jogo?

Porem se for, estou com os lifes limitados,

Pronta para um GAME OVER.

Misshadi Rahhal

Misshadi
Enviado por Misshadi em 20/08/2014
Reeditado em 20/08/2014
Código do texto: T4930655
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.