Saudades do meu caos
Carrego a espada da contestação
há tanto tempo
que já nem sei como é
que se acredita
nesse turbilhão
de existências
chamado humanidade.
Pungido como uma onça
que é cutucada com vara curta,
sinto-me como Eros, o deus do amor.
Um deus primordial,
responsável pela transformação
do caos em cosmos.
Ou seria o contrário?
Estufo o peito e largo
meus braços ao vento.
Ventania que traga de volta
a minha consciência.
Ou se não puder fazê-lo
que me dê de volta,
ao menos, o meu caos.