Ponto final
Ponto final
Nossos sonhos desfizeram-se como nuvens no céu
Restou o mais amargo sabor acre do fel
As ondas destruíram nossos castelos na areia
O silêncio calou o mágico canto da sereia.
Nada, nunca mais, poderá ser como antes
Há um abismo intransponível entre os ex-amantes
Cada dia mais dissociados e irreversivelmente distantes
Desfazem-se em areia os falsos diamantes
A vida apagou o nosso convergente caminho
Agora é cada um por si, absolutamente sozinho
Lambendo suas feridas, convivendo com suas dores
Lágrimas de palhaço em um circo de horrores.
Saímos da vida em comum e viramos história
Página virada nos labirintos da memória
Virou uma lição, que assimilemos o que foi vivido
E que os deuses nos permitam que um dia seja esquecido.
Leonardo Andrade