Poema do barco de papel
Fiz um barco de papel,
pus no tanque de lavar roupa.
Era um verso livre,
uma palavra solta.
Eu soprava e ele andava.
Talvez seu rumo tivesse seguido
ainda que perdido.
Balançava, ia e voltava.
Mas o barco ficou pesado
virou e não levantou.
Apenas bebeu água até desmanchar.
Ah! saudoso barco.
Foste poesia,
mas agora não és nada.