Vidas privadas
Não me lembro mais do último beijo
Que ascendera turbilhão de desejo.
Agora tens o amargo sabor de fel
Sentença quase certa a um réu.
A muito se foi a desenfreada paixão
Que nos levava à reflexiva ação.
Sobrou apenas súbita paralisia
A qual a libido aos poucos asfixia.
Meu perfume não desperta surpresa
Misturou-se aos odores da natureza.
Na repulsa do constante mal estar
Meu cheiro contamina seu ar.
O meu toque já não mais acedia
Nem o corpo involuntário arrepia.
Foges como o Demo da cruz.
Estrige que depara com a luz.
O simples convívio traz aborrecimento
As falas impensadas o julgamento.
O respeito velado ainda existe
O amor agoniza de forma triste.
A conversa não é mais confidente
Pura formalidade do presente.
Ao longo de nossas jornadas
Nossas vidas se tornaram privadas.
Kennedy Pimenta
Não me lembro mais do último beijo
Que ascendera turbilhão de desejo.
Agora tens o amargo sabor de fel
Sentença quase certa a um réu.
A muito se foi a desenfreada paixão
Que nos levava à reflexiva ação.
Sobrou apenas súbita paralisia
A qual a libido aos poucos asfixia.
Meu perfume não desperta surpresa
Misturou-se aos odores da natureza.
Na repulsa do constante mal estar
Meu cheiro contamina seu ar.
O meu toque já não mais acedia
Nem o corpo involuntário arrepia.
Foges como o Demo da cruz.
Estrige que depara com a luz.
O simples convívio traz aborrecimento
As falas impensadas o julgamento.
O respeito velado ainda existe
O amor agoniza de forma triste.
A conversa não é mais confidente
Pura formalidade do presente.
Ao longo de nossas jornadas
Nossas vidas se tornaram privadas.
Kennedy Pimenta