MEUS LAMENTOS (2)

Amanhã quero cedo despertar;

E ver o sol resplandecente em seu raiar,

Vou estar nas pedras como sempre,

Quero ouvir o som do vento;

Para nele dissipar o meu lamento,

Mas ninguém nunca, nunca saberá,

O que me dizes, ó vento.

Sei que o sol tentará abrasar inutilmente o meu corpo,

Que em nada adiantará,

Se minh'alma permanece a congelar.

Por fim, calou-se o vento,

Pude só então ouvir de ti,

O que o vento tanto tempo me ocultou;

Disse-me que como eu, estavas sofrida,

E que igual a mim, ninguém jamais te amou.

Agora que sopre o vento,

Venha agora sim, enxugar as águas que degelam de minh'alma,

Pois meu lamento ainda há de encontrar;

Lamento sim...

Lamento muito todo esse tempo que perdi,

Perdi por não poder te escutar...

Josegomes
Enviado por Josegomes em 08/11/2012
Código do texto: T3974915
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