Catarse
Queria que você fosse apenas uma miragem
um algo impossível, que logo a razão refutaria...
Queria que você não mais me olhasse,
nem eu, por tua falta, ainda pensasse na tua doce guia.
Tudo que eu faço hoje é catarse,
para esquecer a latência vívida de uma clemência,
de uma carência, do teu doce norte.
Estou, quem sabem, em morte...
mas nada posso fazer, a não ser morrer e disso tirar sorte.
Esta catarse sem fim, esta infinda catarse...
corrói a alma, e dentro deste rapaz, surge e finda a suma e terna paz.