Catarse

Queria que você fosse apenas uma miragem

um algo impossível, que logo a razão refutaria...

Queria que você não mais me olhasse,

nem eu, por tua falta, ainda pensasse na tua doce guia.

Tudo que eu faço hoje é catarse,

para esquecer a latência vívida de uma clemência,

de uma carência, do teu doce norte.

Estou, quem sabem, em morte...

mas nada posso fazer, a não ser morrer e disso tirar sorte.

Esta catarse sem fim, esta infinda catarse...

corrói a alma, e dentro deste rapaz, surge e finda a suma e terna paz.

Olavo Barreto
Enviado por Olavo Barreto em 27/06/2012
Código do texto: T3746834
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