SINTONIA PERDIDA

Tu que nunca me olhaste, hoje me flerta. Por quê?

o que mudou? Continuo igual, o mesmo menino, o

mesmo sorriso, o mesmo homem; Constante,

inconstante, errado, perdido, fingindo não sentir

o que sempre senti.

Como nuvem sempre passaste por mim, nunca

ficaste. Agora por que choves e cria tempestades

em meu espírito. Por tempos, longos períodos, perdi-me

em vosso abismo, em meio a campos longínquos

tempos de outrora que sempre me fizeram te esperar...

Te encontrar hoje, desse jeito olhando meus olhos,

face a face aos meus, tudo se renova, e o passado

adormecido ressurge como brasa, fogo ardente pronto

para queimar por dentro. Aí fico perdido, fingindo

novamente não ver os olhos teus.

Dentro de mim há verdade, dentro de ti há mistérios e desejos

o que queres com isso? Transcendo novamente em suas

fantasias me embriagando na lucidez de sua loucura no

desejo do teu doce beijo que continuo a guardar, a

espera por aquilo que nunca foi nem será meu.

Arthur Luz
Enviado por Arthur Luz em 31/05/2012
Código do texto: T3697532
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