DECEPÇÃO " I "

Naquele ano distante em que te conheci,

Eu andava sozinho, carente e indefeso.

Precisava de alguém em quem confiar,

Tu chegaste de mansinho sem nem avisar.

Eu fingia para mim que entendia da vida,

Que conhecia as pessoas em quem confiar.

Vi-me seguro, de experiências vividas,

Porém fui um tolo, e me permiti te amar.

Tu soubeste aproveitar toda a minha ilusão.

Enganaste-me até, onde não vou confessar.

Aproveitaste toda a dor que eu estava sentindo.

Fingiste mansidão, meiguice e amor.

Deixei-me iludir com tuas falsas palavras.

Consenti acreditar em teu espírito fingido.

E quando notou que eu em ti confiava,

Atiraste-me em um abismo de tristeza e de dor.

Enfim, aproveitaste de meus momentos frágeis.

Com tal covardia que não existe igual.

Aprisionaste-me em tuas garras malignas.

Sem que eu notasse, deixei-me enganar [...]

Quando notaste que eu já estava em tuas mãos,

Sugaste a minha paz e até todos os meus sonhos.

Subtraíste-me tudo [...] com a tua ambição voraz.

E hoje eu vivo apenas na graça do Senhor!

Porém, para tua total decepção,

Eu vivo alegre na paz que Deus me deu.

Tiraste-me quase tudo, porém, minha fé ficou.

Hoje vivo feliz em constante oração.

Só peço ao Pai que um dia te perdoe

Por ter negado tudo o que Ele ensinou.

Vivendo em fingimento

E me causando tanta dor.

Me enganaste para satisfazer

[A tua doentia ambição...

15/4/2009