O que ficou*
Folhas se borboletam ao vento,
Anunciando o final de algum casulo,
Como início da floração já inquieta.
Repousa sonâmbula nuvem desgarrada,
Recostando-se no silêncio do meu imaginário,
Onde se aninham antigos sonhos e ilusões.
É perfeita a ordem do firmamento,
Onde estrelas fixas, brilham em sorrisos,
Enquanto as cadentes se contorcem.
Não se ouve o ruidoso quebrar das estações,
A não ser pelo renovar dos meus sentimentos,
No vazio que ficou dos amores que se foram.
Jaak Bosmans 6-4-2012
* modificado do poema “O que fica”.