SOBRE O ATO DE ESQUECER

No silêncio

dessas horas áridas,

humor púrpuro

que aflige e punge,

que se fez e que se faz morte

sem reclamar o cortejo final!

Troco a aridez do silêncio

pela lápide fria sem nenhum pudor.

Afinal, dói sepultar os mortos,

mas dilacera infinitamente

olvidar os vivos.

Fabiana Gusmão
Enviado por Fabiana Gusmão em 05/04/2012
Reeditado em 05/04/2012
Código do texto: T3595612