BORBOLETA ENCLAUSURADA
Alheia a tudo, perdida no tempo.
Alma sofrida, borboleta presa em convento.
Onde mil almas pagãs,
Fazem os dois mil olhos chorararem das primas-irmãs.
Quero saber quem falou ser lindo o amor.
Se era sábio ou louco e não entendia de dor.
Já vesti o hábito pra não me esquecer,
Do holocausto da maldição de amor sofrer.
Estou sem brilho como estrela caída,
Fui um ser sem malícia, onde a imperícia, me fez ser traída.
Onde havia alegria e vida, hoje marasmo.
Ontem via o seu amor e agora só seu sarcasmo.
Quero ver se de você me afasto com esta clausura.
Espero que sofras com a ausência não de meu corpo, mas com a perda de minha ternura.
Sou borboleta presa em convento,
Pagando alto o preço de ter deixado livre meu sentimento