BORBOLETA ENCLAUSURADA

Alheia a tudo, perdida no tempo.

Alma sofrida, borboleta presa em convento.

Onde mil almas pagãs,

Fazem os dois mil olhos chorararem das primas-irmãs.

Quero saber quem falou ser lindo o amor.

Se era sábio ou louco e não entendia de dor.

Já vesti o hábito pra não me esquecer,

Do holocausto da maldição de amor sofrer.

Estou sem brilho como estrela caída,

Fui um ser sem malícia, onde a imperícia, me fez ser traída.

Onde havia alegria e vida, hoje marasmo.

Ontem via o seu amor e agora só seu sarcasmo.

Quero ver se de você me afasto com esta clausura.

Espero que sofras com a ausência não de meu corpo, mas com a perda de minha ternura.

Sou borboleta presa em convento,

Pagando alto o preço de ter deixado livre meu sentimento

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 23/01/2007
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