Deserdado


Procuro dentro de mim, emoções para te lembrar.
Vou até o cerne, descasco troncos e raizes
Numa utopia fremente por algo de bom encontrar
Que purifique o sofrimento e as cicatrizes.


Dói-me a alma, exacerba-se meu intento.
Escarafuncho, mais e mais fundo para desentocar
O bicho que fostes, devorador de meus sentimentos!
Nada sai de mim, nem mesmo um riso de esgar...



-Helena Frontini-