O rei dos reis
O rei dos reis foi
cuspido numa
das ruas da cidade.
Antes, filho do criador,
agora vive de lixo
que os outros jogam.
O seu novo manto
é um velho cobertor
rasgado e fedido,
sua coroa um boné velho
e seu trono é um banco
de praça pública.
Nothung e Excalibur são
nomes distantes, perdidos
nas névoas que cobrem
todas as suas lembranças.
Todo ele é neblina e fumaça,
filho do nada, jogado no vazio
da imensidade urbana.