A VIGÍLIA

Percorro as alamedas solitárias

Como um poeta antigo...

Observo a vida que acontece

em cada movimento que

a impulsiona para o além...

Um esquilo que foge como

um súbito adeus...

O lago me acena feliz,

exibindo a face pálida da lua,

companheira das noites claras.

Os salgueiros sentimentais cheios de

lágrimas verdes soluçam a tua

ausência ao meu lado...

O jardim evoca o paraíso dos

meus sonhos repletos de bons momentos a teu lado.

A coruja põe-se a enxugar com suas aladas penas

as lágrimas do inconsolável chafariz...

O vento viola as flores num

ciclo de fortes beijos,

exalando perfumes que me fazem lembrar tua

alma de corpo moreno...

Mãos invisíveis de memórias

acariciam meu rosto,

substituindo as tuas...

Todo poeta faz vigília

nas insônias ambulantes

dos passeios solitários...

Eles tentam reviver momentos

de ternura que ficaram num passado bom...

Sam - 93

Sam Nantes
Enviado por Sam Nantes em 12/03/2012
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