TARDE DE MONTILLA

Afinal ela não me amava...

Fora só a montilla no seu copo

e o doce luar acima de nós.

A mágica foi embora tão logo

que antes de ir estávamos sós

mas aquele beijo retiniu

e meus lábios queriam-na mais.

A fragilidade da boca

A língua e seu sabor cruel.

Sabia no instante em que toquei-a

nunca mais me concederia tal prazer

tentei absorver tudo como se um beijo

pudesse transpassar a mim toda a alma.

Todavia foi vivido e quase transparente

viveria toda minha vida

por outro beijo dos tão raros lábios.

E no final saberia: ela não me amava...

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 12/03/2012
Código do texto: T3550042
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.