DEIXO-TE IR

Deixo-te ir,

Já que seu corpo já não coabita com o meu.

E meu perfume já não se mistura ao seu.

E onde a lua invade sem sensura o meu nascer do dia.

E o sol clareia as noites insones por pura ousadia.

Deixo-te ir,

Pois preciso fazer-de-conta que sou eu que decido.

se no meu peito um coração choroso abrigo, sofrido, doido...

... Doído.

Deixo-te ir,

Agora sei, você foi embora.

Embora por dentro lamente,

Sou uma estátua por fora.

Deixo-te ir,

Pois na verdade já foste por falta de paciência.

Fiquei aqui sozinha, pequena, sem sonhos sem dividir minha coexistência.

Deixo-te ir,

Pois deste amor também quero partir...

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 18/01/2007
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