E Nem Viu o Tempo Passar...

Lá estavas…

Disperso, entorpecido

Em meio às vísceras de sua puerícia

Tão marcantes em seus versos.

Embevecido pela primavera

Deveras enleado observara

O despencar das flores.

Verazmente envanecido

Por utópicas, ilógicas…

Amargo é o sabor das coisas palpáveis.

Pés que tocam o solo

Causam-lhe repugnância

Ânsia! Regurgita a realidade.

Seus decênios mal gozados

Seus anseios exauridos

Nos balcões fétidos da cidade.

E estes ponteiros incansáveis

Em intermináveis ciclos

Em suas andanças…

Não foi adulto

Não foi criança

Nem se aventurou na dança!

O Velho Marujo
Enviado por O Velho Marujo em 16/08/2011
Código do texto: T3163887
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