Autobiografia
Eu sou aquele que dita soneto até de madrugada
Aquele que teve os irônicos lábios acorrentados
Por causa do ciúme de um tolo namorado
De uma amiga que estava sendo celebrada.
Eu sou aquele que enfim colocou ao pés na estrada
Depois de passar um ano apaixonado
Por quem sofria por querer viver um amor passado.
Aquele que acha que encontrou outra amada.
Eu sou aquele que não quer sentir o sentimento
Que sente por uma linda morena
Por cauda da distância e efemeridade do tempo.
Eu sou aquele que disse que o amor não valia pena
Por tomado de mágoas e ressentimentos
E que agora sente saudade de sua face serena.