NUNCA SE ESQUEÇA...

Eu tive a impressão de que estava feliz

Mas de repente tudo mudou de lugar

E me faltou o ar

Para dizer-te o que meu coração diz;

Logo tudo virou do avesso

E esse meu coração travesso

Enganou-me mais uma vez

Por algo que nunca se fez.

E se iludiu numa paixão

Num amor feito em sofrimento

Acreditando na ilusão

Que de resto, é só lamento.

Seu olhar já não me vê

Seu pensar não pensa em mim

Seu amor foi um clichê

Que me engana em cada fim;

Tantos finais sem começo

Lágrimas sem despedida

Por não ter, se paga o preço

O chegar já é saída.

E eu que acreditei que poderia ser

Mas foi mais além do “era”

Onde um sentimento impera

E se entrega sem saber;

Suicídio de razões invictas

Por sensações tão místicas

Que me fez crer em amor nascente

Latente, crescente, dentro do meu poente;

E lá, puseram-se os meus desejos

Sob o sol da minha falsa liberdade

Perscrutada pelos meus medos

Que montam a utopia da minha verdade.

Estes olhos que te olharam intensamente

E em silêncio segredaram a tua presença

São agora olhos marejados, ausentes,

Espelhando as faces da indiferença.

E este coração que pulsava ao te ouvir

Estremecendo no meu peito, ao te beijar...

Hoje retém a dor por ver você partir

Antes mesmo do amor se declarar.

Eu não posso te prender, disso eu sei!

Tu és livre, como um pássaro a voar;

Pode ser que outra vez eu me enganei

Crendo em algo que não se pode esperar.

Minha alma abriga os carinhos teus

O seu toque, tuas palavras, teu perfume;

Esta poesia simboliza o meu adeus

E esse amor covarde que não se assume.

Beija-flor, ainda há flores em meu jardim

Que murcharão, pela saudade que um dia lhe trouxe

Mas voando, não se esqueça, enfim...

Que guardei para ti, o néctar mais doce.

PRISCILLA PAIXÃO
Enviado por PRISCILLA PAIXÃO em 28/06/2011
Código do texto: T3062899
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