Que Parem de Me Bater

Desde o dia em que nasci,

Nem sei por que vivo apanhando.

Pois quando aqui cheguei...

Umas palmadas me deram.

O motivo eu não sei,

Pois nunca me disseram.

Eu era pequeno e frágil

E mal acabara de chegar.

Assim mesmo me bateram;

Ali, havia olhos olhando,

Mas não me socorreram.

Mamãe estava deitada,

E papai na sala ao lado.

Eles me ouviram chorar,

Mas permaneceram parados:

Não vieram me pegar,

Pois estavam emocionados.

Desde então vivo apanhando,

Mas, não são mais simples palmadas,

Não me dizem por que me batem,

E me batem com as mãos fechadas.

Oh! Meu Deus por que será?

Por favor, venha me dizer:

Por que uns nascem pra apanhar

E outros nascem pra bater?

Para apanhar eu me incluo nessa,

Porém, jamais vou entender:

Oh! Senhor venha depressa

E me leve com você,

Ou então diga a esse povo

Que parem de me bater!..

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 27/05/2011
Reeditado em 15/06/2014
Código do texto: T2996109
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