Depois

Sem saber o que era amor

entreguei-me de corpo e alma.

E só agora eu sei pelo que passei.

Só eu sei a dor que eu enfrentei.

O que adiantou ser o Poeta?

Nem por isso a dor deixou de ser certa.

Certa em dias de chuva.

Tão intensa que caiu como uma luva.

Para as minhas pretensões poéticas.

E depois o amor nunca passa.

Continua em dias tristes e alegres.

Ou se desfaz como fumaça.

Renato Rodrigues
Enviado por Renato Rodrigues em 22/03/2011
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