ALGUÉM PARA AMAR
Onde a felicidade já foi uma rainha e que de tanto a tive, vivi fantasias,
Onde na minha morada habitaram meus muitos amores e tantas paixões,
Que já foram embora, mas deixaram seus perfumes nas minhas alegrias;
Vivo esperanças qual árvore copada esperando prolongar-me nos verões.
A idade me avança, sinalizando amargura de não ser outra vez escolhida,
Nos seus braços os passarinhos entoam cânticos felizes de acasalamento,
Causando-me inveja dessa união que se faz em revoada para a nova vida,
Agora vejo como a razão do tempo é no amor, tão sofrida deste lamento.
Sinto uma tristeza intensa..., quando não tenho ninguém para me amar...
Fico como uma folha solta caída no chão, e assim sou levada pelo vento,
Já longe, depois de tão longa caminhada, parte de mim irá desmanchar,
E por mais que eu lute e sobreviva, a esperança acaba por um momento...