}}} O INFERNO DE (NUNCA) DANTES {{{

Aqui o vento não pronuncia teu cheiro de flor.

Minha língua não deseja teu gosto,

não careço em teu peito fazer repouso,

nem sou da solidão refém na sua ausência.

Aqui a chuva tem sabor de pranto,

meu gozo não traz o prazer teu.

Minhas flores têm tons mórbidos, inexpressivos.

O saber parece-me tão tolo, o vulgar ganancioso,

E a existência pífia.

Risos? Para que?

Neste labirinto sem perspectivas de te encontrar,

sorrir é profanar o sofrido, o esquecido pelo amar.

Mas, sossegar-te e não espante!

Isto é só uma fase, feito as divisões lunares.

Às vezes nosso amar profana os céus e outros lugares.

E a vivência do amor é reticente,

quando não dedica-se o carinho,

conduz a alma ao inferno nunca dantes imaginável!

Jayme Tijolin
Enviado por Jayme Tijolin em 01/01/2011
Reeditado em 12/01/2011
Código do texto: T2703467
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