Tu e o Sol
Olhei para o sol quando a tarde vinha,
Rubro se mostrava desde o poente;
O seu esplendor de brilho refulgente,
Não tinha o fluxo que de manhã tinha.
Tu és como o brilho do sol nascente,
No seu belo esplendor de manhãzinha;
Apareces com pompa de rainha,
Jactanciosa, orgulhosa e prepotente.
Como o sol que se esconde ao poente,
O teu esplendor pouco a pouco morre,
Levando teu brilho antes refulgente.
O sol tem a luz própria que o socorre,
Em ti, só o escurecer se faz presente,
E o teu brilho fosco para a cova corre.
Sebastião Barros
08/11/2010