Ainda estranho

Ainda estranho o fato de não dormir de madrugada, ficar ouvindo no rádio canções, que me trazem recordações e marejam meus olhos, como se eu fosse um dia de chuva prestes a desabar no breu.

Penso no quanto sofro por uma mulher que nunca foi minha, que nem pensa em mim o tanto que penso nela, e que numa hora dessas está descansando, saciada, ao lado daquele que a merece e a tem muito mais do que eu.

Ainda estranho o fato de não acordar na hora marcada, ficar sonhando com o que nunca acontece, viver sofrendo por quem me esquece e querendo algo que nunca será só meu.

OVAL
Enviado por OVAL em 19/09/2010
Reeditado em 29/03/2013
Código do texto: T2506848
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