Revolta
Não quero pensar nos problemas
Não, não quero mais...
Eles sugam minh’alma...
Eles me aniquilam
A febre do cotidiano
Esse fantasma exaustivo de opressões
O trabalho, as dívidas, as lamentações
O cansaço, o estresse, os engarrafamentos
Só quero colocar meu mp3 e esquecer do resto
Eu não quero fugir
Eu não quero mais
Quero sonhar acordada
Se é que ainda posso
Tecer meus planos, mesmo com os desenganos
Enquanto vou sumindo por detrás da serra
Eu não quero mentir
Não, não quero mais
Eu quero jogar as verdades com vontade
Todas no ventilador
Quero repetir “Que se dane! Boa tarde”
Seja lá pra quem for
Não quero saber se é chefe
Ou subalterno, eu quero rasgar as correntes
Dessas formalidades que nos sufocam
Eu não vou fazer firulas,
Não eu não faço mais
Eu não quero fazer bonito, eu só quero chutar pro gol
Me deixem mostrar quem sou
Eu não quero fantasias
Eu só quero falar a realidade
Eu não quero mais pensar nos meus problemas
Deixe a “coisa” toda rolar, deixe acontecer
Se a dívida vence amanhã, “é nessa que eu vou...”
Nada de botar a cabeça no travesseiro e não dormir
O banco do inferno é aqui...
No céu não existe carnê nem SPC
Por favor, me deixem em paz...
Eu vou confiar no destino
No “Deus proverá”, eu não vou surtar
Esse “negócio” de arrancar os cabelos
E contar as contas ficaram pra trás
Só quero sentar nessa mesa
Beber minha cerveja
E nada mais...
Por favor, me deixem em paz...