Revolta

Não quero pensar nos problemas

Não, não quero mais...

Eles sugam minh’alma...

Eles me aniquilam

A febre do cotidiano

Esse fantasma exaustivo de opressões

O trabalho, as dívidas, as lamentações

O cansaço, o estresse, os engarrafamentos

Só quero colocar meu mp3 e esquecer do resto

Eu não quero fugir

Eu não quero mais

Quero sonhar acordada

Se é que ainda posso

Tecer meus planos, mesmo com os desenganos

Enquanto vou sumindo por detrás da serra

Eu não quero mentir

Não, não quero mais

Eu quero jogar as verdades com vontade

Todas no ventilador

Quero repetir “Que se dane! Boa tarde”

Seja lá pra quem for

Não quero saber se é chefe

Ou subalterno, eu quero rasgar as correntes

Dessas formalidades que nos sufocam

Eu não vou fazer firulas,

Não eu não faço mais

Eu não quero fazer bonito, eu só quero chutar pro gol

Me deixem mostrar quem sou

Eu não quero fantasias

Eu só quero falar a realidade

Eu não quero mais pensar nos meus problemas

Deixe a “coisa” toda rolar, deixe acontecer

Se a dívida vence amanhã, “é nessa que eu vou...”

Nada de botar a cabeça no travesseiro e não dormir

O banco do inferno é aqui...

No céu não existe carnê nem SPC

Por favor, me deixem em paz...

Eu vou confiar no destino

No “Deus proverá”, eu não vou surtar

Esse “negócio” de arrancar os cabelos

E contar as contas ficaram pra trás

Só quero sentar nessa mesa

Beber minha cerveja

E nada mais...

Por favor, me deixem em paz...

JANA CRAVO
Enviado por JANA CRAVO em 09/07/2010
Código do texto: T2367952
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