DESESPERO
Se me perguntas se sou feliz
Não me envergonho de lhe dizer
O destino assim não quis
E o que eu posso fazer
Me consumir em lágrimas
De nada vai resolver
Só me resta ir virando páginas
Pra tentar me manter
Nado numa insegurança
Perigando me afogar
E mal vejo esperança
De algo que possa me salvar
Meu presente de mão atadas
Olha o futuro ameaçado
Todas as Possibilidades dilaceradas
Pelas escolhas do passado
Hoje luto pra conquistar
O que no ontem me foi negado
Para que amanha, eu possa me olhar
Com um pouco mais de cuidado
Pois não vejo com bons olhos
A pessoa que hoje sou
Sou chumaço, sou molhos
De uma migalha que não vingou
Meu amanha, tão obscuro
Causa-me imenso pavor
Não me preparei para o futuro
Acreditando no amor
É que não sou mais criança
As marcas do tempo não me deixam esquecer
Se a solidão for minha herança
Não terei como sobreviver