Quem pode?
Meu raciocínio é ilógico,
Esquisito, turvo e estranho.
Pensamento meio desgarrado,
Idéias de todo tamanho.
Vejo coisas que não são,
Sei de coisas que não acredito.
Lá fora, tudo é calculável,
Aqui dentro, mora um infinito.
Sendas largas e estreitas,
Salvação, mentes perdidas,
Sonhos dizimados pela fé
Arrastam almas já sem vida.
De camarote, sem graça,
A gente ri como pode.
Ri do, "quem pode, pode
Quem não pode se sacode"
E até do pouco que pode.
E, vêz em quando, dá bode.