Desprezo
 
Noite fria
Que tristeza me vem!
Uma angústia profunda a me consumir
O vazio é imenso...
Solidão. À minha volta ninguém...
 
Por que foges de mim?
Que te fiz de tão grave assim?
Passei a noite relendo TEUS poemas...
Sim, TEUS, pois, eu os fiz para ti...
Só queria encontrar uma pista
De algum mal que eu pudesse te ter feito.
 
Claro, que nada encontrei.
Só vi o quanto te gostei!
E vi claramente o que é humilhação.
É a razão saindo de cena
Pra deixar falar mais alto o coração...
Meu Deus! Onde foi que eu errei?!
 
Foram poemas, poemetos, crônicas, cartas, sonetos...
Perambulei por tantos gêneros
Para cantar o meu amor!
Encantada com este louco sentimento
Que eu nunca havia experimentado
Tentei segurar firme a emoção do momento!
 
Mas agora o amor próprio falou mais alto
Teu desprezo foi implacável.
Não dá para fingir que nada aconteceu.
Ah, sim. Pode estar no meu imaginário,
Tenho alma de poeta, sonho intensamente
Mas, ser tão humilhada! Como doeu!
 
RMR
Caragua,29/05/2010
01h34