Quando não se ama...
Tânia Ailene
O desejo é oculto
No labirinto das dúvidas
A carícia submerge dando lugar a apatia
As palavras morrem diante da presença
A procura do aconchego na noite fria
Causa repulsa no corpo abatido da espera
Sinais que só por eles computam as horas e dias
Noites perenes transformadas em marasmos
Tez esfriada, longe das mãos do abrigo
Libido, refreado perante o feito...
O que fazer?
O que cogitar?
Porque, permanecer ?
Se nada é percebido.... O que aspirar?
Significaria melhor revelar a verdade:
Quando não se ama, não tem porque tentar
Nada vai modificar!
Você não sabe amar...
16/05/2010
Tânia Ailene
Rio de Janeiro
Publicado no Recanto das Letras
Código do texto:2285281
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