O jardim que lhe plantei

Tive de crescer mais rápido,

Do contrario não seria apto

Moldei-me tal qual me quiseram

Mas valor nunca me deram

Sinto-me distante do mundo

Fico parecendo um moribundo

Em teus braços queria me aconchegar

Mas certamente essa hora não vai chegar...

Inspirei-me nos signos do zodíaco

Que me aparece sempre tão opaco

Minhas memórias se perdem aos poucos

E meus pensamentos gritam como loucos.

Mas o que posso dizer?

Morreria se o fosse preciso fazer

Apenas para sentir tua respiração ofegante

Aquela mesma de um fervente amante

Mas não! Em meu jardim não entraras novamente!

Pois o plantei para ti, e fostes euforicamente.

Disse-me confuso e machucado,

Mas o que tu és, apenas um safado.

Sentirei tua ausência em forma de dor

Mas não, não posso mentir que isso foi amor.

E enquanto isso continuarei em meu caminho.

Com meus tragos incansáveis, e meu vinho...

Tamires Ibraima
Enviado por Tamires Ibraima em 26/04/2010
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