EU SOU UM LADRÃO SIM, SENHORES!

Eu sou um ladrão - sim, e ninguém tem nada haver com isso,

Olhe para os seus problemas, vá cuidar do seu compromisso.

Eu cansei de ser honesto com todo o mundo nesta vida cruel,

Portanto não vou ser hipócrita, vou desempenhar o meu papel.

Desde novo eu caí neste mundo, nem tinha dezesseis anos,

Tudo era feito de maneira bem furtiva por detrás dos panos.

Muitas vezes tentei parar mas, dei ouvidos a essa estupidez,

Sempre fui procurado, então desisti e comecei tudo outra vez.

Não escolhia raça, credo ou aparência, tampouco a posição social,

Nas circunstâncias que eu me encontrava, eram eles esse meu mal.

Já roubei de velhos e velhas, é sempre mais fácil, são carentes.

Também roubei de jovens adultos e mulheres sem ser indiferente.

Já levei de muitas madames e garotões e de diversos ambientes.

Eu nunca me arrependi de forma alguma por ser um indeliqüente.

Dos menores de idade eu nunca roubei, pois, seria um grande pecado.

O que eu gosto mesmo é de roubar de mulher, sem me sentir culpado.

É a natureza da minha educação talvez, mas, eu não tive muita opção,

É bem difícil de explicar essa escolha, mas, eu fui assim acostumado.

Entre uma aventura e um roubo faço de tudo em qualquer situação.

Nas horas em que eu realmente precisava, qualquer um eu procurava,

Entre a sorte e a necessidade, deixava a minha honra e me entregava.

Se você está com pena de mim por eu ser um ladrão, te dou razão.

Eu também tenho um corpo e sentimentos, mas, foi tudo invadido.

Ninguém quer saber a verdade? Para esta minha atitude então?

Quando eu ainda era um menino, fui roubado por um bandido.

Levou a minha inocência e me deixou essa futura referência,

Que dentre esses humanos covardes, ficou triste experiência.

Uma sina que no sexo pago, vulgar, roubo sempre um coração.

Eu sou um jovem ladrão que pelo dinheiro rouba o amor...

E que dentro de mim levo essa angústia de a ti me expor,

Nem imaginas que em minha, há um imenso poço de pavor.

Não sinta pena de mim, não finja por favor, dor na sua falsidade.

Dê-me apenas o amor que eu ainda não consegui sequer sentir,

Nesta minha vida só, desde que me roubaram a minha liberdade...

Nessa sociedade de pecados, perdões eles jamais irão me pedir.

Setedados
Enviado por Setedados em 24/04/2010
Reeditado em 18/04/2012
Código do texto: T2215879
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