Rasteja e consegue o que deseja.
A incerteza da sua alma
Atinge a ausência de coragem,
Quer uma imagem amada
E deseja ser feliz calada.
Realizada está quando o veneno jorra
Tu és mansa e amorosa, mas,
A sua angustia incendeia a pele
E a face não suporta e chora!
O espaço é tão pequeno
E há escuridão constante
O terror do ódio floresce
Mata e sufoca o peito.
Existe um vácuo sombrio
Um sentido com imperfeição
Os olhares desviam-se
Do passo para a emoção.
Libera-se o reprovável
E acha-se doce e afável
Registra-se o improvável
Amargo e lucrativo instante.
Lançado pelos rastros
Daquela coisa peçonhenta
Nojenta e repugnante
É uma cobra falante.