Um Falso Poeta


Poeta falso, fizeste-me tua musa
Por algum tempo e neste momento
Acusa-me de não saber fazer-te poesias!

Falso poeta,
fecho-lhe a porta na cara,
Pois a tua estultícia
Apunhalou-me covardemente!

Tu és falso, poeta!
Arvorou-se a ser profeta
e disse ver o nosso futuro
rodeado de poesia.
Mentira!
Tu não sabes fazer poesia...

O falso poeta morreu,
morreu em tardia hora 
E deixou seu cheiro fétido 
De seu cadáver que não minora.

Se foi para sempre.

Foi-lhe feito um enterro e
Deram-lhe de presente
uma lápide, onde se diz: 
Falso poeta, já foste tarde!

Ariadne Cavalcante
Enviado por Ariadne Cavalcante em 09/02/2010
Reeditado em 25/06/2013
Código do texto: T2076869
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