CACHOEIRA

Um véu branco transparente

Desce rebolando de contente

formando altos relevos esbranquiçados.

Reveste as pedras e percorre entranhas

matando a sede de vidas lá habitadas.

Vem do alto, nascente na floresta,

Mata a sede dos bichos e plantas rasteiras.

Chegam em nossas casas, pura e fresca,

Daí para frente começam as impurezas.

Construções mal elaboradas, lixo ao vento...

Muito discurso, praticidade desconhecida.

Desconsideram as leis aprovadas em reuniões debatidas

Atropelam, subornam e ignoram a vida.

Os problemas tornam discursos de políticos e ambientalistas,

Que não se enxergam e não colocam seus nomes na lista

Todos tem sua parcela de culpa, ainda que queiram apresentar suas desculpas.

São alienados inconscientes nesse mundo capitalista.

Na floresta onde os bichos habitam, está a diferença,

Corre a água cristalina, um espelho da natureza.

Simples sábios administradores naturais

Quem é que os ensina cuidar dessa riqueza?

São eles os animais irracionais?

É uma lição de respeito. O macaco pula e bate no peito,

O sabiá canta e exibe seu ninho, parece um mundo de fada.

Enquanto no chão, a cobra faz contorcionismo...

É o orgulho da bicharada, felizes pela vida regalada.

Segue o mundo dos letrados, só racionais!

Verdadeiro paradoxo, são uns coitados...

Destruindo -se e com eles outras vidas,

São assassinos e suicidas.

Desejam vida abundante com qualidade,

vivem construindo labirintos para andar.

Não possuem discernimento, o coração é de maldade

Pobres, cegos e nús a vagar.

Estamos perdidos! Só lamento...

Acabam os rios e cachoeiras, só blá, blá,blá

Se até aqui não aprenderam nada, jamais aprenderá.

Aguardem! Força Maior, à espécie humana dizimará.

NATIVA
Enviado por NATIVA em 30/01/2010
Reeditado em 15/02/2010
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