Desilusão
Uma dor gritante de uma alma já posta
Delírios convulsivos esperando por resposta
Num exílio melancólico entrego-me a própria sorte
Os braços abertos à dor, à vida ou à morte
Um misto de saudade e de torturas eternas
Invade os pedaços meus de lembranças deletérias
E a tristeza arrastando minha última esperança
A luz se afasta, a escuridão avança
Letargia nefasta me trai as forças e a consciência
Fecho os olhos com força sem atingir eficiência
A cicatriz esfolada e doída esvazia minhas veias
Minhas mãos sem forças se prendem nas teias
Tráfego funesto do amor à solidão
Basta poucos passos para a desilusão