Devaneio
Oh! Tormento da saudade!
De uma vida não vivida,
Do amor que não se ama.
Da vontade sucumbida;
Do sim não dito, perdido, escondido...
Tua boca calou-se,
E teus olhos disseram-me o inevitável;
Pois teus braços não me quiseram prender.
E teu coração não mais bate pelo meu;
Talvez nunca bateu.
E eu, na minha ânsia de amar-te,
Ensurdeci e cega fiquei.
Não entendi, tão pouco percebi;
Que tão-somente,
Foi meu coração que por ti bateu.