Devaneio

Oh! Tormento da saudade!

De uma vida não vivida,

Do amor que não se ama.

Da vontade sucumbida;

Do sim não dito, perdido, escondido...

Tua boca calou-se,

E teus olhos disseram-me o inevitável;

Pois teus braços não me quiseram prender.

E teu coração não mais bate pelo meu;

Talvez nunca bateu.

E eu, na minha ânsia de amar-te,

Ensurdeci e cega fiquei.

Não entendi, tão pouco percebi;

Que tão-somente,

Foi meu coração que por ti bateu.

Anne Monteiro
Enviado por Anne Monteiro em 24/07/2006
Reeditado em 21/11/2008
Código do texto: T200674
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