NO SILÊNCIO DO PORTO
Há um silêncio no porto
Um coração quase morto
Há um estranho sentir...
Estou à beira do cais
Só escutando meus ais
Que me fazem refletir.
Entremeio aos pensamentos
Apenas a voz do vento,
Sussurrando em segredo.
Despertando-me à vida
Já cansada e vencida
Que me conduz ao degredo.
Em completo desvario
Na mudez me refugio
Deste interminável tédio.
Ah! Essa dor que conspira
À angústia me atira
Para a qual não há remédio.